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De um lado, um caminho aparentemente fácil, de assumir um posto de acionista irrelevante no grande consórcio com o centrão e a burguesia que constitui o governo Lula.  
 

Do outro, a estrada longa e acidentada de se manter como referência da classe trabalhadora e outros grupos marginalizados na construção de um projeto radical de transformação social rumo a um mundo mais justo e livre. 

Os defensores desse caminho mais longo nem cogitam fazer oposição ao governo Lula, uma vez que o fascismo continua como grande ameaça a ser combatida.

No entanto, também não topam negociar, em troca de meia dúzia de cargos, a história do PSoL e a liberdade de apontar, sem cair em contradição, os erros do governo, mobilizando a população para combater medidas que prejudiquem o povo. 

Essa é a melhor maneira de contribuir para o sucesso Lula III enquanto marco de uma vitória histórica na luta contra o fascismo, da qual todos e todas temos o orgulho de ter feito parte.  

Precisamos, no entanto, evitar o caminho do silenciamento das minorias pelas costas das bases. Violência física em eleição de diretório estadual não deve ser normalizada, muito menos exaltada, assim como a tratoragem no cotidiano partidário e táticas sujas de DCE nos processos  eleitorais. Só assim será possível preservar a democracia partidária. 

Também é preciso confrontar a lógica de desigualdade entre interior e capital. A visão dominante entre os dirigentes partidários é de que os militantes do interior fluminense não são capazes de pensar e se organizar por conta própria, devendo ser “interiorizados” e “estadualizados” pelos senhores e senhoras de Rio de Janeiro e Niterói.

Enquanto os líderes das correntes que disputam o partido seguem sentados em cima dos milhões do fundo partidário, os militantes do interior ficam abandonados à própria sorte. 

Assim como acontece nos outros municípios do interior, presidente e tesoureiro do PSoL Campos dos Goytacazes seguem recebendo intimações judiciais que colocam em risco a continuidade do partido fora da região metropolitana do Rio. 

Como qualquer periferia, o interior só é lembrado em época de eleição, seja dentro ou fora do partido, e nada vai mudar, independente das promessas que sejam feitas a cada três anos. 

É preciso transformar a forma de organização dos diretórios, implementando o modelo zonal. É o que será debatido, junto com outras pautas, no 2º Encontro do PSoL do Interior, em Rio das Ostras; mas enquanto isso precisamos encarar o desafio de manter o partido com protagonismo em Campos dos Goytacazes.

 

Os partidos de esquerda que seguem o PT perderam o pudor de bajular a família Garotinho, por isso a estratégia de submeter o PSoL à direção do petismo terá sérias consequências em Campos. 

Enquanto o PT bajula Wladimir, o príncipe herdeiro da casa real Garotinho volta a mobilizar o  fascismo para atacar o Partido Socialismo e Liberdade.   

Não há o que esperar do PT Campos ou do PT do estado do Rio. Precisamos resistir e defender a candidatura da professora Natália à prefeitura ao lado de PCB e UP, que são os únicos partidos que não fazem concessão ao fascismo “para combater o fascismo”, como defende a atual direção do PSoL.

Assim poderemos enfrentar os ataques à classe trabalhadora, como o arcabouço fiscal que enriquece o rentismo, a precarização do serviço público e o sucateamento de hospitais e postos de saúde. 

Wladimir Garotinho é um maquiador e um ilusionista. Vende a ideia da eleição fácil no primeiro turno, domesticando a esquerda hegemonizada pelo petismo. 

É preciso, portanto, lançar o movimento “Se Campos Fosse Nossa” para debater transporte e saúde, entre muitos problemas enfrentados por campistas todos os dias num município continental de 4.032 km². 

Não basta eleger, é preciso construir programa democrático e politizar o processo de votação. A mentalidade eleitoral e a guerra entre correntes têm afogado o partido na pequena política. 

Paz entre nós, guerra entre os senhores: é o que defendemos! ✊ 

Só que além de defender a democracia no partido, é preciso ser fiel ao DNA classista do PSoL Campos, resgatando a tradição sindical e exaltando a memória dos pioneiros do partido no município. 

A integração com as novas gerações de estudantes e trabalhadores, contudo, passa por um forte trabalho de agitação cultural, tendo a música popular, artes e audiovisual como eixos. Isso sem se esquecer da atuação na educação, auxiliando jovens de periferia a ter acesso a todas as etapas do ensino público.  

É na luta diária que construiremos um PSOL classista, comprometido com as pautas dos trabalhadores em seu conjunto. O que significa superar o atual modelo socioeconômico.

Sejamos, então, um partido independente, motor da luta da classe trabalhadora. 

Nos posicionaremos firmemente na desconstrução de políticas conservadoras, que fortalecem o Capital em detrimento da espécie humana. 

Como?

 

Fazendo o sentimento coletivo se sobrepor à razão individualista.

 

Assim conseguiremos fazer do PSoL instrumento de superação da desigualdade e da exploração do homem sobre o homem no interior do estado do Rio de Janeiro.
 

SEJAMOS O PSoL QUE CAMPOS PRECISA ☀️
Socialista, democrático e independente na defesa da liberdade
 

E O PSoL QUE O BRASIL PRECISA ☀️ 🇧🇷
Farol em defesa da classe trabalhadora de todo o mundo

 

 

 

Campos dos Goytacazes
23 de setembro de 2
023

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